quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Vento

O vento corre, canta pelas árvores.Descabela seus ramos, seus galhos, faz criar sorrisos nos troncos.Passa, não pede licença nem espera maldizer, o que há para falar de ti? Peço que explique de jeito explicado, ô diacho o que faz ele para rosas se curvarem? É dito e repitido, de fato,o vento já virou causo. Teu toque de moço vistoso é o que faz girassol olhar pra lua de tão encantado que fica, ora se não é isso?! Carece de parar pra pensar no vento mas...o vento vai parar pra deixar ser pensado?Sei bem, só eu sei que ele é assim...um mundão de coisa e tão só ao seu tempo uma espera que não tem fim.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Rendeira

Trabalha rendeira, trabalha suas mãos que calejam por tecerem sonhos quando tecem sonhos, histórias.Tem seu tear, melhor amigo, caneta para o papel, aquele que escreve, penso eu.Ah rendeira,não cesse nem só por um momento, nem só por um lamento...tece no vazio teus fios entrelaçados e assim faz ver vida, teu desenho. Entre os entremeios, bicos, ourelas. Faz flor de goiabeira brilhar à meia lua. E no mais, que simples seja tua escolha, rendeira,nunca pare de tecer. Senhora da vida com seus 12 ou 32 bilros.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Me perco

E todo esse amor que de carregar pesado
por assim gostar demais esquece
De tudo que já foi pensado perde tanto
Que já não se entende e por assim entender
que o sol tem suas flores e a lua suas faces agora só
Como isso dói de matutar o peito apertado
corrói de bom grado o que sobra de bonito
pra deixar sonhar que seria sim
Coisa boa de viver até que se alembre de respirar ou
se esqueça assim por esquecer
Que toda prosa põe sua alma fora do coração
e sem querer se mostra desdenhosa
apagar aquilo
que há tempos toma em seus abraços,
abraços que deixam o querer pedir sem
ter sono pra cessar.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Moça Flor

Busca poeta teu coração inquieto
Leva teus olhos dos olhos meus
Corre baio pelo campo enxuga
teu pranto não deixe esperar
Esse sorriso que atravessa
moça flor molinha pelo teu jeito
de querer
Sossega em teu colo, acalanta
em teu peito, suspira em vez
primeira...secura de amor
Busca em vosmecê uma palavra
Oh guri havera de gostar, apenas
por gostar e calada gostava assim
das flores, moça flor, como gostava
Pra ser moça ainda carece ser flor
e da tua flor nasce uma moça calada
que gostava, como gostava.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tempo pra crescer.

Pra tudo existe um tempo. Palavra tão pequena e as vezes com uma força grande e controladora. Quando você gosta de alguém então...parece que toma quilômetros e a cada quilômetro dessa difícil estrada se encontra um espinho, este por sua vez a cada passo machuca mais até finalmente te impedir de andar. Com aquela esperança tão pequena mas ainda presente você começa a pensar e decide que o mais racional não é andar mas sim alçar vôo. No céu, é tudo mais leve e é difícil acreditar que algo dará errado, até que uma rajada de vento te tira da sua direção.
Com dores e agora sem caminho já não sabe onde ir mas ainda resta uma última escolha.O mar...mar? Ele é saudade, tão infinito quanto ela e tão imenso quanto o tempo que não deixa esquecer. Você nada cada vez mais longe, mais fundo...é tudo tão escuro e já não sabe se irá voltar. Pensa em desistir pelo medo de estar sozinha, mas não vai. Depois disso não terá mais nada, nem ao menos o prazer de dizer que lutou, então está fora de cogitação desistir.
A cada mergulho o que era escuro fica claro as coisas parecem melhorar, você esquece dos outros e sente liberdade pra contar com você. Ao voltar pra areia percebe o quão difícil foi sua caminhada e o tempo que até então era seu inimigo...torna-se o amigo que aliviou seu coração.
Pra crescer é preciso esquecer de você e lembrar de mim, só assim percebo que no começo não eram espinhos e sim pequenas alavancas que me impulsionaram, o vento não tirou minha direção só fez com que eu tivesse que batalhar pelo meu caminho, e o mar?

Ele agora é só saudade daquilo que já esteve um dia aqui...

sábado, 2 de agosto de 2008

Eco

Na noite um assovio tinhoso e eu pergunto seu menino, no calor escuro desse céu sem estrela por que o vento canta sem espaço?
"É o meu coração seu moço, que já não sabe como lhe querer mas assim, só bem sabe que o quer.E nesse vazio tão sentido só resta a ecoar um nome, tal eco se repete tantas vezes que
o pobre fica cansado e já não sabe mais bater..."