terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Não souberam te respeitar

Vinham correndo, pé ante pé pisando forte na areia
Risos ecoavam se perdendo naquele que é saudade
Reagia, movimentando pra lá e pra cá, não se perdia
Entraram, até onde os pés já não tocavam o chão
As águas faziam massagem, e mais risos risos
E o raso, a procura pelo raso. Não mais o toque doce,
Força, puxa, até o fim. Luta, os olhos se perdem,
Procuram-se, Onde? O ritmo violento, invade as narinas
Queima a garganta, sufoca o grito. Lutam.
Duas mãos, a mão da vida, tudo escuro, tudo claro.
Duas mãos, a mão da morte, tudo claro, tudo escuro.
Elas levam.
Corpo franzino carregado até a praia, recobra os sentidos,
A consciência e a dor de ser gente, de ser humano.
Tempo, leva, o corpo. Esbranquiçado, pesado,
Jovem, novo, cheio...de vida, ora cheio de morte.
Pontos em volta, esperam o fim, o fim de ser gente.
E se foi.
Olho sua imponência, não ouso entrar sem pedir licença
E a benção. Não souberam te respeitar, não souberam te respeitar.