quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tempo pra crescer.

Pra tudo existe um tempo. Palavra tão pequena e as vezes com uma força grande e controladora. Quando você gosta de alguém então...parece que toma quilômetros e a cada quilômetro dessa difícil estrada se encontra um espinho, este por sua vez a cada passo machuca mais até finalmente te impedir de andar. Com aquela esperança tão pequena mas ainda presente você começa a pensar e decide que o mais racional não é andar mas sim alçar vôo. No céu, é tudo mais leve e é difícil acreditar que algo dará errado, até que uma rajada de vento te tira da sua direção.
Com dores e agora sem caminho já não sabe onde ir mas ainda resta uma última escolha.O mar...mar? Ele é saudade, tão infinito quanto ela e tão imenso quanto o tempo que não deixa esquecer. Você nada cada vez mais longe, mais fundo...é tudo tão escuro e já não sabe se irá voltar. Pensa em desistir pelo medo de estar sozinha, mas não vai. Depois disso não terá mais nada, nem ao menos o prazer de dizer que lutou, então está fora de cogitação desistir.
A cada mergulho o que era escuro fica claro as coisas parecem melhorar, você esquece dos outros e sente liberdade pra contar com você. Ao voltar pra areia percebe o quão difícil foi sua caminhada e o tempo que até então era seu inimigo...torna-se o amigo que aliviou seu coração.
Pra crescer é preciso esquecer de você e lembrar de mim, só assim percebo que no começo não eram espinhos e sim pequenas alavancas que me impulsionaram, o vento não tirou minha direção só fez com que eu tivesse que batalhar pelo meu caminho, e o mar?

Ele agora é só saudade daquilo que já esteve um dia aqui...

sábado, 2 de agosto de 2008

Eco

Na noite um assovio tinhoso e eu pergunto seu menino, no calor escuro desse céu sem estrela por que o vento canta sem espaço?
"É o meu coração seu moço, que já não sabe como lhe querer mas assim, só bem sabe que o quer.E nesse vazio tão sentido só resta a ecoar um nome, tal eco se repete tantas vezes que
o pobre fica cansado e já não sabe mais bater..."