quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ao desespero um breve alô. Isso poderia ser uma crônica, poema ou simples conjunto de pensamentos e idéias. O mundo que não quero para os meus filhos.
Maria Clara, eu sei que você vai vir, não sei como, quando nem com quem, mas você virá. Eu vou estar te esperando, e vai ser a criança mais amada e querida antes mesmo de estar na minha barriga ou nos meus braços, antes mesmo de olhar nos seus olhos, sentir seu cheiro e tocar seus bracinhos pequeninos de bebê. A minha única certeza é que você virá. E é nesse mundo, com essa perspectiva que eu vou lutar pra fazer as coisas mais belas e leves pra você. Não quero que se contamine com a hipocrisia e o preconceito aqui de fora. Quero flores, nariz de palhaço, risadas e muitas cores pra minha menina. O mundo as vezes é cruel, mas eu estarei aqui pra te deixar andar com as próprias pernas e te levantar quando cair. Vou ser forte e guerreira pra você, amor e orgulho numa só pessoa, por nós duas. Eu não quero pra minha filha um lugar onde as pessoas não enxergam os sentimentos com clareza em suas diferentes formas, que a família já não vem acompanhada de compreensão, amor irrevogável. Que vergonha se dá pela falta de conciência e intelecto das pessoas...vergonha hoje é por outros motivos.Não quero esse mundo, onde ser drogada, ou prostituta é mais aceitável do que a relação com o mesmo sexo. Não quero te guardar em uma cela, nem te incompreender...só quero te amar, olhar pra você e na sua inocência pura sentir conforto e assim poder apoiar suas escolhas e nunca te decepcionar. Quero que brigue comigo, faça bico e lute pelas suas causas mesmo que entre elas esteja tomar um sorvete num dia frio de inverno. Que aprenda a não viver de aparências e a apreciar as simples coisas da vida.E acima de tudo quero que não seja como eu, e sim você mesma na sua essência especial e singular que eu saberei respeitar e lutarei também pelo seu respeito. Vou te dar asas pra voar. Te espero um dia nos meus abraços.

Sua mãe.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Faço do corpo poesia

Eu sou poesia, sou afago, abraço, aperto de mão. Sou cores e mais cores, sou risos pelo chão.Sou um alô, tchau, como vai e tudo bem?Sou essa, sou aquela, sou uma em cem. Sou uma corrida cansativa, uma caminhada lenta, um mergulho até o fundo ou apenas o molhar dos pés. Sou a luta pelo ideal pelo meu caminho pelo anormal. Sou a busca o achado, o inaceitável, o incerto o certo no mesmo corpo quem vai saber? Sou a música, a fotografia, o desenho, a gastronomia.Sou vinis, vitrola, antiguidades...sou toda expressão de arte até escrever faz parte.Sou a grama molhada quando o dia nasce, o toque leve das flores a lua em todas as fases. Sou a incompreensão, e compreensão, o ciúmes e a falta de nexo, sou o calor, fazer amor, fazer sexo. Sou a diferença a importância, amizade, fidelidade e o sentimento...posso ser tudo no mundo mas ser eu mesma,todo momento.

Nada

e de pensar que só por um momento eu não podia me conter
e que toda aquela relação absurda protocolar estava voltando
mas eu não ia deixar, não dessa vez, não com algo tão bonito.
Dizem que idealizar o amor é morrer mas amar também é morrer
um tanto.Então me deixem com minhas idealizações puras,
de uma forma incoerente que só eu enxergo
e melhor sinto. Amor acima de tudo, do céu e das coisas materiais,
acima das escolhas, padrões, distâncias. Ele está ali por que não
conseguem enxergá-lo? Agora eu vejo, com perfeição e do meu lado.
Nada pode parar, nada.